quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Ser tudo e nada ser

Então, queridos leitores, ontem eu dormi com 21 anos e hoje eu acordei com 22. E assim mais um ciclo se completa...
Não sou muito fã da contagem dos anos. Sinceramente nem acredito muito na possibilidade de contar realmente o tempo e acho que essa é apenas uma tentativa (um tanto quanto frustrada) do ser humano de tentar controlar seus predadores naturais: o tempo e a morte.
No entanto, eu gosto de aniversário, gosto de gravar datas comemorativas, porque é algo consagrado pela nossa cultura e revela a importância. A data de hoje, por exemplo, mais que lembrar o meu nascimento, lembra a caminhada que passei para chegar até aqui e lembra que ainda tenho muito mais caminho pela frente...
Enfim, guardemos a nostalgia para mim mesmo e prossigamos com o poema.
Esse talvez seja um dos mais antigos poemas que eu tenho guardado. Eu o usei no meu finado (e vergonhoso) Fotolog, depois ele passou a ser a minha descrição no também finado Orkut, de alguma forma eu acho que ele diz um pouco sobre mim (lembram de quando eu falei que me identificava com a contradição). É um texto breve, espero que gostem e feliz aniversário pra mim!

Ser tudo e nada ser

Sou do vento
A brisa e o furacão.
Do tormento
Sou o pranto e a canção.

Sou a vida,
Sou a morte.
Sou o azar
E sou a sorte.

Sou tudo que amam.
Sou tudo que odeiam.
Mas agradá-los não almejo.

Enfim...
Sou tudo.
No fim: nada!


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