terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Tempo de tirar as teias de aranha...

Quando você passa bastante tempo sem aparecer em sua casa as aranhas tomam conta, tecem teias, se reproduzem, a poeira sobe até níveis absurdos. A casa pode parecer inabitável...


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Mas ocorre que essa ainda é a nossa casa e ninguém abandona uma casa porque se encheu de poeira, mesmo que já a tenha fechado por mais de dois anos...

Acontece que eu gosto dessa casa, vivi lindas aventuras aqui, rabisquei as paredes e planteis várias margaridas no jardim...
Bem, é tempo de tirar as teias de aranha, trazer de novo cor e poesia a esta minha casa, a casa dos meus versos, meu microuniverso particular, tempo de reviver meu cantinho de lançar palavras às redes, atendendo assim aos pedidos de muitos sonhadores que clamavam pela volta deste microcosmo.
Assim, inspirado por uma chuva mansa caindo ali do lado de fora da janela, tiro as teias de aranha dessa casa, lavando-a com uma chuva mansa de poesia:


A CHUVA MANSA

A brisa leve leva embora
Leva embora o que nos pesa...
A chuva mansa vem e desmancha...
Castelo de areia frustrada e incerta..

A brisa leva e a chuva prega
A praga que cola e aguarda...
A chuva vem, aguardo na janela,
Aguarda a donzela e aguarda a flor...

A chuva cai com a brisa na relva,
Memórias caem e voam no chão...
Na varanda, poesia, flor e prosa
Cantam a imensidão de ser quem sou!

Pois bem, meu bem e vida,
Que a brisa leve leve embora
Tudo aquilo que nos pesa...

Sigamos, chuva, mansa e sem pressa...

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Assim, sejamos leves, deixa, destemido leitor, que a brisa leve tudo o que te pesa...
(É bom estar de volta em casa)